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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Deixe que mil flores desabrochem

Não só a economia se ocidentalizou na China, a música também segue modificando-se e abraçando as nossas velhas influencias. Digo velhas por que não é o rock ou o pop (muito menos nossa bossa-nova) que vem crescendo do lado de lá e sim a música classica.

O processo vem de trás. Em 1879 a primeira orquestra do oriente em Xangai, em 1908 o primeiro conjunto sinfônico. Uma pesquisa feita pela Associação Orquestral Alemã mostra que existem hoje 561 orquestras profissionais no mundo. A maior parte está na própria Alemanha com 133. Logo depois vem os EUA seguido da China, surpreendentemente, com duas vezes mais orquestras que a Inglaterra ou a França.



Durante anos de truculência da Guarda Vermelha, as orquestras da China tinham sido desbaratadas e seus músicos enviados para a "reeducação" nos arrozais. Violinistas tinham seus dedos quebrados. Os oboístas seus dentes estilhaçados. Pessoas que eram flagradas ouvindo música ocidental sofriam agressões físicas e iam para a prisão.

Quando o conservatório de música reabriu em Pequim, em 1978, suas portas foram escancaradas por 18 mil inscritos. Enquanto músicos e maestros retornavam de seu exílio rural ou estrangeiro, os criadores da China moderna aplicavam o velho slogan maoísta "Deixe que mil flores desabrochem" para o renascimento do setor orquestral. Com o apoio do líder do partido, pianista e amante de Mozart, Jiang Zemin, a China começou a criar a mais ativa indústria de concertos do planeta.

Escreve Norman Labrecht, em publicação da revista CULT, nº.137, Julho/2009.

O maior simbolo hoje da musica classica chinesa é o pianista Lang Lang que marcou presença na abertura dos jogos olimpicos de Pequim em 2008. Elétrico, o chinês começou com apenas 3 anos de idade e apartir daí foi um prêmio atrás do outro. Extremamente reconhecido no mundo da música, executa cerca de 140 concertos por ano.

Seguem abaixo alguns videos do prodigio. É ver pra crer.





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